A nova geração do sedã A8, que acaba de desembarcar no Brasil por R$ 535 mil e pode ser visto de perto no Salão do Automóvel de SP, é a tradução de tudo que a Audi tem de melhor. A primeira unidade do país foi vendida ao apresentador Luciano Huck e é fácil presumir porque o artista escolheu a 'limousine' da marca alemã para ocupar uma vaga em sua garagem: a novidade é puro entretenimento.
O sistema MMI, que é acessado por uma tela de 8 polegadas, permite ao motorista e ao passageiro controlarem desde a temperatura do ar-condicionado, o sistema de navegação GPS (com mapas do Brasil), as cores do interior, até distribuir o som dentro da cabine a gosto do cliente (centralizado, mais para direita ou esquerda, na dianteira ou traseira).
Todos os comandos são controlados por meio de um botão no console central que fica posicionado à frente do câmbio automático de oito velocidades, localizado do lado esquerdo. A manopla tem um formato ergonômico para apoiar e descansar o pulso. Até para fechar a porta o motorista é poupado de esforço. Basta encostar que ela trava sozinha. Mesmo assim, se o condutor ficar estressado, os assentos dianteiros contam com cinco tipos de massagens em três níveis de intensidade.
Os passageiros do banco de trás também desfrutam dessa mordomia: são dois tipos de massagem, ajuste elétrico e função de memória. E o melhor: caso se sinta incomodado, o ocupante traseiro pode ‘empurrar’ o banco do passageiro da frente, aumentando o espaço para suas pernas. Para os dias frios há ainda sistema de aquecimento – o volante também dispõe do recurso – e, para os dias mais quentes, um sistema de ventilação que suga o ar frio do ar-condicionado para resfriar o couro.
O acabamento interno é um show à parte. A fabricante oferece cinco cores básicas de revestimento e três opções de forro do teto. A versão avaliada pelo G1 trazia o couro em marrom escuro, mesmo tom utilizado no painel interno das portas e nas colunas. O teto revestido em material aveludado na cor bege e as peças de madeira legítima no painel contrastam com os filetes de LED`s para iluminação interna, uma mistura de clássico e moderno interessante.
Apesar dos mais de cinco metros de comprimento (5,13 m), as linhas arrojadas da carroceria e o perfil mais baixo (1,46 m de altura) disfarçam a vocação familiar da ‘barca’, que além de maior é mais larga (1,94 m) do que a versão anterior. O jeito jovem aparece ainda pelas rodas de 19 polegadas e nas lâmpadas de LED dos faróis dianteiros e lanternas traseiras.
O A8 não tem só ‘cara’ de mais novo. O motor V8 a gasolina, 4.2 litros, com 372 cavalos de potência, garante muita disposição para empurrar os 1.835 kg do sedã de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos. Para deixar o carro ainda mais ‘nervosinho’, basta selecionar o modo Dynamic, que ajusta a suspensão, motor, transmissão e direção para uma guiada mais ‘divertida’. Se o objetivo for apenas um passeio em família, a condução mais macia é garantida pelas opções Comfort e Auto.
Em matéria de segurança, o A8 também é um avanço da marca alemã. O sedã dispõe de um recuso inteligente que, ao detectar o risco de colisão, ativa as luzes de aviso de perigo, fecha os vidros e o teto solar automaticamente e dobra os assentos levemente, como uma concha, para aumentar a eficácia dos airbags.
Entre os itens de segurança está o assistente de
visão noturna (Foto: Divulgação/ André Laranjeira)
O pacote de segurança conta ainda com sistema que mostra o tráfego à frente e freia o carro sozinho, outro que alerta na mudança de faixa e um assistente de visão noturna – localizado entre as quatro argolas da grade dianteira - que detecta pedestres e reproduz a aproximação de acordo com o calor emitido pelo corpo. Quanto mais intensa a cor, maior é a probabilidade de colisão.
Apesar da engenhoca de última geração, faz falta o dispositivo que "estaciona o carro sozinho”, presente até em modelos menos luxuosos, como o SUV Volkswagen Tiguan (R$ 128.918) e que seria de grande utilidade em um sedã de enormes proporções. Mas a concorrência também peca nesse item. Nem o BMW Série 7 (a partir de R$ 568 mil) e o Mercedes-Benz Classe S - que é vendido apenas sob encomenda a partir de US$ 253.500 (R$ 430 mil com o dólar atual) - têm o sistema. Com preços equivalentes e parafernália tecnológica muito semelhantes, o critério que desempata esse jogo é o estilo; e cada cliente tem o seu.
